"Popular; Momentânea; Consumível; Barata; Produzida em Massa; Jovem; Espirituosa; Sexy;
Trapaceira; Glamourosa; e um Ótimo Negócio."
(Richard Hamilton, 1957)
“THIS IS TOMORROW” A emergência da Pop na Inglaterra
no final dos anos 1950
O termo Arte Pop foi usado pela primeira vez pelo crítico britânico Lawrence Alloway, em 1958, como um rótulo conveniente para a ‘arte popular’ que estava sendo criada pela cultura de massa. Mas o termo foi ampliado por ele em 1962 para incluir a atividade de artistas que estavam procurando usar imagens populares em um contexto de ‘belas artes’.”
Principais Artistas Pop (Inglaterra)
Richard Hamilton (1922-2011)
David Hockney (1937)
Peter Blake (1932)
Allen Jones (1937)
Eduardo Paolozzi (Escócia, 1924-2005)
David Hockney, A Bigger Splash, 1967. Acrílica sobre tela.
Allen Jones, Mulher-cadeira, Mulher-mesa e Mulher-cabideiro,1969. Fibra de vidro pintada, couro, cabelos, tapete, etc. Tamanho natural.
Eduardo Paolozzi, Eu fui um brinquedo de um homem rico, 1947.
Nesta pequena colagem , ele inclui o termo pop.
EUA - ANOS 1960
Pop Art e o American Way of Life: erotização, banalização e excesso.
Publicidade Americana do Pós-Guerra:
A Pop Art foi um movimento plural, com artistas seguindo trajetórias diversas e independentes. Seu grande desenvolvimento se deu sobretudo nos EUA, onde não se pode falar propriamente num grupo, à maneira do Surrealismo, mas de artistas que trabalharam isoladamente até serem classificados de “artistas pop” pelos críticos.
Importante notar a sua grande relação com o mercado de arte (sobretudo com as grandes galerias americanas, que se firmavam no panorama internacional). Desde 1962, quando a Pop surgiu “oficialmente” nos EUA, os artistas, que ainda eram jovens, já alcançaram grande sucesso comercial no mundo inteiro, sendo hipervalorizados nas últimas décadas.
A Pop foi, sem dúvida, o movimento que rompe radicalmente com a Arte Moderna, pontuando as principais questões que seriam desdobradas pelos movimentos sucessores, com forte influência ainda nos dias atuais.
Principais artistas Pop (EUA)
Andy Warhol (1928-1987)
Roy Lichtenstein(1923-1997)
Tom Wesselmann(1931-2004)
James Rosenquist(1933-2017)
Robert Indiana (1928-2018)
Claes Oldenburg (Suécia, 1929)
Warhol. Lemon Marilyn and Turquoise Marilyn, 1962
O culto das stars também participa dos sintomas da época. Fisionomias artificiais, adaptadas à perfeição, fornecem os ícones dos anos 1960, compensando as frustrações do consumidor, sufocado no anonimato.
The Factory (A Fábrica), o lendário estúdio de Warhol.
“No futuro, todo mundo será mundialmente famoso por 15 minutos”
[Andy Warhol, 1968].
Indicação de Filmes
No início dos anos 60 o público viu pela primeira vez criações que, desde então, se tornaram internacionalmente famosas: as serigrafias de Marilyn Monroe, feitas por Warhol, os quadrinhos feitos a óleo por Lichtenstein, os enormes hambúrgueres e sorvetes de casquinha em vinil de Oldenburg e os nus de Wesselmann, colocados em Ambientes domésticos que incorporam cortinas de chuveiro, telefones e gabinetes de banheiro de verdade.
Roy Lichtenstein
Expandindo o ready-made duchampiano
“Eu estava interessado em qualquer coisa que pudesse usar como um tema mocionalmente forte - geralmente amor, guerra ou algo oposto ás técnicas de pintura frias e mecânicas, como as usadas nas revistas em quadrinhos." (Roy Lichtenstein).
Roy Lichtenstein. Whaam!, 1963.
Acrylic paint and oil paint on canvas. 173 x 406 cm. Tate Modern, London. (ver det.)
Lichtenstein. Maybe, 1963. Acrylic and oil on canvas.
Pontos Ben-Day: Processo gráfico que data de 1879, assim chamado em homenagem ao ilustrador e gráfico Benjamin Henry Day, Jr. (1838-1916)
James Rosenquist
(EUA, 1933-2017)
James Rosenquist. President elect, 1960-61.
Oil on masonite. 226 x 505,5 cm. Centre Georges Pompidou, Paris.
Tom Wesselmann
(EUA, 1931-2004)
Tom Wesselmann. Bathtub nude number 3, 1963.
Assemblage. Mixed media. 213,4 x 269,2 x 45,1 cm. Museum Ludwig, Cologne.
Assemblage ou assemblagem é um termo francês que foi trazido à arte por Jean Dubuffet em 1953. A assemblagem é baseada no principio que todo e qualquer material pode ser incorporado a uma obra de arte, criando um novo conjunto sem que esta perca o seu sentido original.
Ao se utilizar de diversos materiais como papéis, tecidos e madeira "colados" a uma tela o artista consegue ultrapassar as limitações da superfície, rompendo assim o limite da pintura, criando uma junção da pintura com a escultura.
O princípio que orienta a feitura de assemblages é a "estética da acumulação": todo e qualquer tipo de material pode ser incorporado à obra de arte.
“ Assemblage”= relação com o Surrealismo ( atmosfera onírica, estranhamento, erotização, etc. E também com o Cubismo ( colagens e tableaux objects )... Porém, num impulso contemporâneo, tipicamente Pop.
DA PINTURA À ESCULTURA POP
Robert Indiana e Claes Oldenburg
Robert Indiana
(EUA, 1928-2018)
Robert Indiana. LOVE, London.
Claes Oldenburg
(Estocolmo, Suécia, 1929 – Vive nos EUA)
A reação da crítica se deu a favor e contra a nova arte. Alguns críticos ficaram de tal modo afrontados com o acolhimento da “baixa cultura” e com as técnicas da arte comercial que rejeitaram o pop, considerando-o uma não-arte ou antiarte. Max Kozloff foi desses críticos e definiu os artistas pop em 1962 como “novos vulgares”, “mastigadores de chiclé” e “delinquente”. Outros consideraram a pop uma nova manifestação de pintura da cena americana ou do realismo social.
Durante o início dos anos 60, o relacionamento da vanguarda com o seu publico se modificava, assim como o papel da crítica, sobretudo nos Estados Unidos. A Vanguarda tradicional, havia mostrado desdém pela burguesia; agora os novos realistas, os neodadaístas e os artistas pop acolhiam a classe média e o seu interesse por tudo aquilo que fosse novo e moderno. Os marchands, colecionadores e galeristas encamparam rapidamente a nova arte antes que os críticos a legitimassem, privando assim a crítica de exercer o papel de “zeladora” da cultura. O papel do artista também mudou, rejuvenescido pela associação do glamour com a celebridade. O impacto dessa mudança ainda se faz sentir nos dias de hoje.
Andy Warhol, Desastre alaranjado, 1963
As cena de desastre nas telas de warhol aludem ao sensacionalismo e ao voyeurismo. Elas têm uma textura de papel de jornal e o emprego de cores fortes estabelece uma distância irônica entre o espectador e o tema. A Combinação desses dois recursos tem por objetivo chamar a atenção para a nossa indiferença moral diante dos desastres cotidianos.
LÚCIA CASTANHEIRA ESCOLA DE ARTES - 05/02/2021
FONTES:
-Aula com o Prof. Luiz Flávio no site da escola – História da Arte Contemporânea.
-ESTILOS ESCOLAS&MOVIMENTOS – GUIA ENCICLOPËDICO DA ARTE MODERNA
AMY DEMPSEY -COSACNAIFY.
-Não deixem de assistir o curso completo com 24 horas, sobre História Da Arte Contemporânea com o Prof. Luiz Flávio. Cada aula possui 30 minutos, assista no seu tempo.
Flávio. Cada aula possui 30 minutos, assista no seu tempo.
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